O cardápio de uma loja de café não foi feito para deixar o cliente confuso. Desde que o brasileiro afinou seu paladar para o requinte do café espresso, seu interesse pela bebida cresceu tanto ou mais do que aquele despertado pelos uísques, pelas cervejas e pelos vinhos. Assim, uma série de denominações se ofereceram à escolha dos clientes, que já pedem seu café da forma que seu gosto mais lhe inspira.
As primeiras denominações contemporâneas são exatamente aquelas que cercam o espresso. Junto a esse tipo de café concentrado, tirado com a pressão do vapor, surgiram diversos outros assessórios e uma série de tipologias diferentes. É o caso do crema, palavra italiana, masculina, cuja espessura, densa ou larga, fina ou sutil, é um indicador do tipo de tosta, de concentração e até de origem do café.
Uma das expressões da moda refere-se ao profissional do espresso, o barista, que transformou o balcão dos antigos bares italianos em pódio de sua competência no manuseio do café. De sua habilidade, surgem outras palavras recentes, como o cappuccino e o macchiato, duas formas de grande audiência entre os apreciadores, o primeiro em seu festival de aromas; o segundo, pelo casamento secular da bebida com o leite.
Mas cabe também ao barista a elaboração de bebidas profissionais, geladas, de grande elegância. É o caso do ice coffee, refresco à base de café gelado, meio-passo na consagração do café em sabores de sorvetes finos e doces clássicos como o tiramisù. Ou as misturas dos cafés com bebidas espirituosas como o uísque, que dá origem ao irish coffee, e até a vodca, que nos traz o recente russian coffee.